Existe uma “doença” que tem alastrado por Portugal, sendo agora uma praga que se encontra em qualquer local; basta que esse local se destine ao estacionamento de veículos automóveis e a peste negra do século XXI aparece do nada junto ao desgraçado(a) que esteja a estacionar o seu carro.
Refiro-me aos “caça-moedinhas” dos arrumadores, com o seu modus operandi habitual: boné seboso na cabeça ou cabelo oleoso q.b., roupa o mais suja possível, para intimidar o condutor(a) que pretenda estacionar no local por ele indicado e os sempre apreciados gestos repetitivos, indicando o lugar para se estacionar, dado que os arrumadores partem sempre da hipótese que quem conduz um carro é:
a) cego ou míope, porque não consegue avistar a vaga;
b) burro e sem jeito nenhum para estacionar, porque sem a valiosa ajuda deles,
ninguém consegue estacionar o carro no local por eles indicado.
Uma vez o carro estacionado, o arrumador cola-se a nós tal como os inspectores tributários se colam aos contribuintes com dívidas, ou seja, não nos largam, com a pata estendida a pedirem uma moedinha.
A maior parte das pessoas cede a essa pressão psicológica, porque sabem que caso não entreguem a dita cuja ao arrumador, arriscam-se a quando voltarem o carro, por ironia do destino, estar com os 4 pneus furados ou totalmente riscado, além de ter levado 1 ou 2 pontapés em cada porta…
Cada vez se encontram mais arrumadores nas ruas, é uma profissão de futuro e que não exige grande formação teórica, basicamente, ser arrumador é uma filosofia de vida que se aprende na prática, sendo mais acelerada a aprendizagem do ofício, em função da ressaca que o aprendiz esteja a sentir, pela falta da dose de “cavalo”.
Aliás, o “cavalo” é aquilo que motiva os arrumadores, o amor pelo “animal” e o desejo deles de não estarem demasiado tempo longe dele.
Pode-se mesmo afirmar que no caso dos arrumadores, o melhor amigo deles é o cavalo e não o cão.
O cão, no caso dos arrumadores, é mais uma ferramenta de trabalho e que poderá servir como elemento intimidatório dos seus alvos, devendo o cão em questão ter as mais valias cumulativas da sarna, pulguedo, falta de limpeza e ferocidade (se for um cão que se babe, melhor ainda, a raiva é algo que não se deve descurar).
Outras ferramentas de trabalho são usadas pelos arrumadores, dependendo de vários factores endógenos (saudades do “cavalo”) e exógenos (recusa do condutor em dar a moeda, luminosidade do local e movimento da rua); neste caso, o arrumador sempre pode ter de se servir da sua amiga faca de ponta-e-mola ou da sua amiga seringa, como a ultima ratio para conseguir já não a moeda mas algo mais, tipo notas, telemóvel, relógio do condutor(a), como forma de ele mostrar o seu mais veemente repúdio pela avareza do dono do carro e pelo tempo que lhe fez perder.
Por isso deixo um aviso: cuidado com os arrumadores, eles andam aí, a tudo dispostos para não se separarem do “cavalo”…
Oh não, estou de volta !!!!!!!!!!!!!!!!!! Se forem mesmo masoquistas, visitem também: http://www.twitter.com/knoppixas
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3 comentários:
Mas o que é que tu tens contra os cães?!? Tamos pagos, Knoppix, já me lixaste um texto! ;)
Knoppix,
Essa dos cães sarnosos e raivosos é um bocado forte para o fiél amigo.
Foste mordido em pequenino?
Os teus pais não te deram um?
Quanto aos cavalos, depois dos cães, são os animais que merecem mais do que ser o objecto de desejo do portador da peste.
rafeiro eu já tive cães, não tenho nada contra os bichos, mas volta e meia os jecos entram sempre num ou noutro post eheheheh
rote, nem todos os cães são sarnosos e raivosos, não generalizes :p
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