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sábado, fevereiro 03, 2007

BAIXA DO PORTO ANIMADA COM ARRUADA DO "NÃO"


António Lobo Xavier juntou-se, ontem à tarde, à arruada que o Movimento Norte pela Vida - que pugna pelo Não à despenalização do aborto - organizou na Baixa portuense. Na ocasião, o ex-dirigente centrista realçou a sua convicção de que o que está em questão no referendo do próximo dia 11 não é uma questão religiosa, mas jurídica. "A nossa Constituição afirma que a vida humana é um direito inviolável", realçou.

Eram cerca das 16 horas quando, na Praça da Batalha, um grupo de adolescentes e jovens, envergando "t-shirts" brancas com um Não gigante e empunhando bandeiras brancas, davam os últimos retoques na preparação da arruada, que levaria o grupo pela Rua de Santa Catarina até à capela das Almas.

À frente do grupo seguiam Álvaro Braga Júnior, Manuel Sampaio Pimentel e Isabel Aires, aos quais se juntaria, um pouco mais tarde, António Lobo Xavier.

"Sempre pela vida a cantar" era o refrão do tema utilizado pelo Movimento Norte pela Vida, que serviu para animar aquela que é uma das principais artérias da cidade.

Ao longo do percurso, os adolescentes e jovens agitavam bandeiras, cantavam e distribuíam à população os folhetos com a mensagem do movimento. "Contribuir com o meu voto para aumentar o número de abortos? Não, obrigada", lia-se num dos panfletos, em cujo verso se apresentavam dados estatísticos, referentes a diversos países, sobre o aumento do número de abortos face à liberalização até às 10 semanas. "A liberalização aumenta o número de abortos", lia-se em jeito de conclusão.

Noutro dos panfletos, uma imagem de uma mulher grávida apresentava versos de Fernando Pessoa "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".

Ao falar aos órgãos de Comunicação Social, Lobo Xavier reafirmou o seu entendimento de que "há vida desde a concepção" e mostrou compreensão para os problemas com que se deparam as mulheres com gravidezes não desejadas. "Compreendo o problema, mas há muitas outras formas de o resolver", realçou.

O ex-dirigente do CDS-PP referiu os casos de vários países onde a questão mereceu resposta diversa da liberalização do aborto. "São estados mais responsáveis, em que se atendeu ao valor da vida humana e não se resolveu a questão de uma forma tão simplista", sublinhou.

Lobo Xavier afirmou ter a percepção de existir um grande consenso entre pessoas medianamente informadas sobre a injustiça de ver mulheres serem presas por causa do aborto. "Tendo em conta esse consenso existente, haveria que encontrar uma outra solução que lhe fosse mais adaptável", pugnou.

Por fim, afirmou que se os governos têm desprezo pelo terrorismo, exclusão social e fundamentalismo religioso, também deviam de demonstrar o mesmo desprezo em relação a qualquer atentado contra a vida humana".


Artigo retirado do site Jornal de Notícias

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