Mensagens populares

sexta-feira, setembro 22, 2006

COMO SER TUGA - LIÇÃO Nº 1

Neste e nos meus próximos posts, em virtude da entrada de tanto cidadão estrangeiro da Europa de leste e dos continentes africano e americano (brasileiros, quem mais?) no nosso país, ávidos por se integrarem na sociedade tuga, irei explicar o padrão comportamental que deverá ser religiosamente seguido (mesmo que sejam ateus), para, a exemplo desse belo animal que é o camaleão, os imigrantes poderem passar por "povão" tuga, sem levantarem suspeitas de serem "estranjas"...
Porque ser tuga, pensar como um tuga e agir como um tuga envolve muito esforço, dedicação, espírito de sacrifício por parte dos educandos, aconselho a nunca baixarem a "guarda" e a treinarem o mais possivel, para um dia terem a suprema felicidade de serem doutorados "cum laude" em Tuguice.
Seguidamente, irei passar à lição propriamente dita...
Aconselho vivamente a sua leitura intensiva até à sua total memorização, bem como ao treino da situação nela descrita, para que, uma vez em público e no meio dos tugas, possam ser exímios praticantes do acto em questão.

LIÇÃO Nº 1
Um tuga que se preze, ao longo da sua existência, desenvolve a bela arte de cuspir belas "lulas" ou "escarretas" para o chão, tradição aprimorada de geração em geração pelos tugas e que enche de colorido e alegria as calçadas das nossas ruas.
Há turismo de qualidade que paga a peso de ouro a oportunidade única de virem ao nosso país, para fotografar os tugas em tão edificante acto, de limpeza das respectivas gargantas e mucosas nasais, cuspindo com toda o vigor, belas escarretas multicolores por todo o lado.
É um espectáculo imperdível para um turista ver um tuga a cuspir para o chão; então se o tuga em causa for um daqueles amorosos velhinhos que se arrastam pelas ruas, cigarro (vulgo "barona") numa das mãos ou ao canto da boca e lenço na outra (puído, amarfanhado e bem sujo, claro) que quando têm um ataque de tosse, demoram 1 hora (no mínimo) a cuspir para o chão tudo aquilo que está a mais nas suas vias respiratórias, é certo e sabido que o turista poderá tirar belas fotografias que farão a inveja de familiares e amigos.
A tradição tuga de cuspir para o chão, é passada com amor e alguma solenidade, verdade seja dita, de pai para filho; saber cuspir e manter a dignidade, é algo que qualquer pai tuga procura ensinar aos filhos, com muita paciência e carinho...
É com nitido orgulho que um pai assiste ao amadurecimento do filho como escarrador... Desde as primeiras tentativas, feitas timidamente e que quase sempre terminavam, com a camisola suja, até o dia em que o filho decididamente consegue mandar uma bela escarreta, substancial, num bonito voo artístico de alguns metros.
Asim, aconselho todos os estrangeiros que estoicamente almejam ser tugas, a aprenderem em 1º lugar, a saber cuspir para o chão.
Para tal, aconselho como visita de estudo os jardins públicos e os locais onde existam bancos, pois aí será possivel vislumbrar velhinhos reformados e pensionistas militantes, que se dedicam horas a fio a jogar cartas uns com os outros e a encher o chão que os cerca ( e por vezes um ou outro sapato) de belas e convictas cuspidelas.
Depois de verem esses velhinhos, aconselho como "piéce de resistance" verem as diferenças que ressaltam desse belo acto de escarrar, comparando as escarretas dos velhinhos com as escarretas de adolescentes tugas...
Para isso, é forçosa a deslocação até uma escola secundária, onde é possivel ver jovens tugas a cuspirem para o chão a cada 2 palavras, sendo o acto de cuspir a entoação da conversa que se desenrola.
A escarreta para os jovens é sinal de maturidade e o modo que eles têm de marcar o seu território e o seu grau de popularidade junto dos demais: quantas mais escarretas lançarem, mais fixes eles são...
Se tiverem sorte, os turistas poderão visualizar um significado alternativo para as escarretas: em concreto, refiro-me ao uso da cuspidela como arma de arremesso, em que em vez de ter como destino final o chão, a bela cuspidela acaba por ter por alvo a cara de quem estiver em frente ou a fazer frente ao "cuspidor".
Neste caso, a escarreta adquire uma nova dimensão, é ameaçadora, provocadora, contundente...
Quase sempre, a pessoa alvo da escarreta reage do mesmo modo, levar com uma escarreta desperta na vítima de tal acto um desejo obsessivo de responder na mesma moeda, sendo então possivel ao turista que tiver essa sorte, assistir a um duelo de escarretas que cruzam os ares , visão por demais apetecível e que faz de nós um povo privilegiado, por termos tradições tão belas.
O post vai longo e por isso, dou por finda a 1ª lição.
Caso tenham dúvidas, não hesitem em as colocar, terei todo o gosto em vos ajudar nesse sentido.

11 comentários:

Irritadinha disse...

Notemos a teoria da evolução de Darwin, se alguém tem dúvidas sobre a sua veracidade ponha os olhos nos tugas. Só os com piores hábitos e costumes nojentos sobrevivem. Os outros assim um pouco mais civilizados fogem de tal ambiente, procurando locais onde as pressões selectivas permitam o seu desenvolvimento e consequente supremacia de uma espécie mais civilizada.
Com o surgimento de mais predadores e concorrentes laborais, malta do leste, africanos e sul americanos os tugas com dois dedos de testa e quem não conseguem emprego em Portugal pisgam-se para países onde as leis são cumpridas, onde se combate a emigração ilegal e onde não só há empregos para os seus licenciados como para os licenciados de outros países.
Acho que o problema é o Governo, na sua maioria, ser formado por típicos tugas que pararam no tempo ou terá sido a evolução que se esqueceu deles?

Beijinhos

KNOPPIX disse...

Portugal, infelizmente, é um país rico em "hábitos e costumes nojentos" e o que é pior, é que as gerações mais novas não conseguem vencer o fantasma da evolução social.
Quem não se acomoda luta, mas perante a exasperante falta de ambição e vontade de vencer dos seus conterrâneos, cada vez mais se assiste a uma nova vaga de emigrantes que buscam noutros países aquilo que não encontram no seu: não só uma melhor vida, como a realização pessoal e profissional, em países em que a competência é a chave para o sucesso e já não a cunha, o servilismmo e a incompetência reinante.
Beijinhos e bom fim de semana :)

Anónimo disse...

É um hábito nojento de muitos tugas... E os jogadores de futebol abusam sp a escarrar, sempre qd as camaras de televisão fazem zoom..

Anónimo disse...

Confesso, eu tb gosto de mandar umas cuspidelas pela janela quando vou a conduzir, sou mm tuga!
Mas prometo tentar deixar de o fazer, houve um dia que ia havendo pancadaria, pq no momento em que eu ia a cuspir, ultrapassou-me um carro lol e o bisgo acertou em cheio na janela! Imaginem se o carro ia com a janela aberta
Bom blog, continua!

Teresa disse...

Baaaahh!! É tão nojento!! Ainda há poucos dias um escarro de um velhote veio acertar a dois centímetros do meu pé.. Deu-me umas voltas ao estômago.. argh!

Bjs

Verdadeira disse...

Knoppix, já agora escreve também sobre o arroto e sobre o traque.
Outro dia ia no comboio e um fulano "desgasificou" ali mesmo à vista de toda a gente. Nem queiras saber o cheirete que ficou.

Anónimo disse...

Teresa, somos um povo rico em tradições nojentas, e esta que refiro no post é das que mais repulsa me causa.
Beijinhos

Rafeiro Perfumado disse...

O acto de escarrar é um marco da nossa cultura, infelizmente. E pelo que vejo das gerações mais novinhas, não existe o perigo de se perder. E se começassemos a fazer-lhes o que se faz aos cães para não fazerem as suas necessidades dentro de casa, isto é, esfregar-lhes a cara nas ditas? Muita gente com a cara esfolada se ia ver neste meu Portugal!

Irritadinha disse...

Ora de pequinino é que começa ser porquinho!

Anónimo disse...

É curioso referires isso da secundária. Tinha um colega que no final do intervalo tinha um circulos de cuspidelas brancas (vá lá!) à volta dele. E ele não conseguia evitar... O meu tio é alemão e convidou as professoras suas colegas a visitar portugal, e elas referiram que o que menos gostaram foram a cuspidelas e os cães a ladrar toda o dia, toda a noite a toda a hora.
Onde tiraste o mestrado? Deves ser um Tuga e tanto!

Irritadinha disse...

Bem o que a Gisela referiu é mais comum postalinho de recordação que quem visita o nosso país leva... Ah e a gastronomia, nisso os tugas são bons, encher a pança é com com a malta!