AFINAL O NOSSO I.N.E.M. NEM É MUITO MAU...

Depois de ler esta notícia no Portugal Diário, decidi, esta semana, não falar mal do nosso INEM nem dos abnegados e esforçados médicos que prestam todos os dias, a sua valiosa colaboração, sempre que são chamados para acorrer a uma das inúmeras situações de emergência que ocorrem neste rectângulo à beira-mar plantado...
Porque, como diria esse expoente máximo da cultura portuguesa (Lili Caneças, pois claro), "estar vivo é o contrário de estar morto" e qualquer pessoa com dois dedos de testa, à partida, é capaz de constatar se alguém está vivinho da silva, ou pelo contrário, partiu para a terra dos pés frios...
Muito mais tem esse dever, um médico, que acorre a situações de urgência em estradas, casas ou ruas duma qualquer cidade/vila/aldeia dum qualquer país, por menor desenvolvido que ele seja...
Agora em plena Europa do século XXI, um excelentíssimo senhor doutor, chamado a um acidente de viação, não ser capaz de verificar por todos os meios ao seu alcance, se uma das vítimas do mesmo apresenta sinais de vida, é uma aberração...
Isto sucedeu em Itália e a pessoa acidentada em questão, foi declarada clinicamente morta e enviada para a morgue mais próxima...
Se calhar o médico achou que a cidadã brasileira estava mais morta do que viva e por isso mesmo, não valia a pena examinar a pessoa,seria uma perda de tempo, ou devia estar a dar um bom filme na tv e se calhar ele não queria perder o final do mesmo, ou ele devia estar quase a terminar o seu turno e tinha a mulher/namorada/amante à espera dele numa lingerie sexy (estou a supor possiveis explicações que esse médico deve ter conjecturado na sua cabecinha...).
E com essa infeliz decisão, a pessoa acidentada acabou por ser recambiada para uma morgue, onde por lá ficou até um diligente funcionário da mesma, ter reparado que a "morta" estava afinal vivinha da silva...
Resta saber se o atraso na prestação de cuidados médicos irá provocar danos irreversíveis nessa pessoa no plano fisico e mesmo mental... Um médico não pode brincar aos médicos, tem de ser responsável pelos seus actos e pelas suas decisões, a vida humana não tem preço e ele deverá ser responsabilizado pelo seu acto.
Resta saber se isso será suficiente para que, depois de tão atribulada vivência, essa cidadã brasileira, possa recuperar a sua qualidade de vida...